segunda-feira, 31 de maio de 2010

"ERA UMA VEZ EM TÓQUIO" DE YASUJIRO OZU DIA 07/06/10

"ERA UMA VEZ EM TÓQUIO"
Original: Tókio Monogatari –Japão, 1953
Direção e roteiro de Yasujiro Ozu.
Auxiliar no roteiro: Kogo Noda
Fotografia de Yuuharu Atsuta.
Elenco:Chishu Ryu, Chieko Higashiyama, Setsuko Hara.
Argumento: Um casal de idosos resolve deixar a sua província e ir a Tóquio onde mora e trabalha o primogênito com esposa e filho menor. Mas a visita logo se mostra um problema, a começar com as acomodações restritas, seguindo-se o pouco tempo que o filho e a nora possuem para dispensar-lhes atenção.
Importância Histórica : O cinema de Ozu está entre os mais peculiares do Japão. A começar pela sua opção por uma fotografia tomada de uma altura que corresponde à estatura normal do japonês. E passa pelo cuidado com que trata as pessoas do povo, especialmente de velhos e crianças. É um cinema simples na linguagem, mas extremamente denso no modo como focaliza os temas e as personagens. Tanto que Ozu é considerado um dos mais importantes cultores da introspecção filmada.O filme foi premiado na Inglaterra e no próprio Japão.

SESSÃO ACCPA/IAP
"ERA UMA VEZ EM TÓQUIO"
Cineclube Alexandrino Moreira

Auditório do IAP (Instituto de Artes do Pará)
Segunda-feira Dia 07/06/10
Horário : 19 h
Entrada Franca
Após o filme, debate entre o público presente e críticos da ACCPA
Programação : ACCPA

terça-feira, 18 de maio de 2010

"WEEK END" DE JEAN-LUC GODARD DIA 24/05/10

"WEEK END"
Original: Week End, 1967
Direção e Roteiro: Jean-Luc Godard
Fotografia : Raoul Coutard
Com Mirelle Darc, Jean Yanne, e Jean-Pierre Kalfon.
Argumento : Um casal ambicioso e inescrupuloso planeja uma viagem ao interior da França, na tentativa de conseguir uma herança. No meio do caminho, encontra estradas completamente engarrafadas, acidentes automobilísticos graves, personagens de histórias infantis e guerrilheiros. O que se segue é uma constante e complexa reflexão sobre o modo de vida burguês e os contrastes sociais sublinhados pela sociedade de classes.
Importância Histórica: Comédia satírica e política de Godard, um dos maiores nomes do movimento Nouvelle Vague que revolucionou o cinema. “Week End” é um dos filmes mais importantes do movimento e da própria filmografia de Godard pela sua narrativa revolucionária que marcou definitivamente todos os filmes deste grande diretor que este ano completa 80 anos de idade.

SESSÃO ACCPA/IAP
"WEEK END"
SEGUNDA-FEIRA DIA 24/05/10
CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA
AUDITÓRIO DO IAP (INSTITUTO DE ARTES DO PARÁ)
HORÁRIO : 19 H
ENTRADA FRANCA
APÓS O FILME, DEBATE ENTRE O PÚBLICO E CRÍTICOS DA ACCPA
PROGRAMAÇÃO : ACCPA

Próximo Programa: “LUZ DE INVERNO” de Ingmar Bergman

sexta-feira, 14 de maio de 2010

"BASTIDORES DO TEATRO" DIA 17/05/10 ÀS 19 H

"BASTIDORES DO TEATRO"
Um importante percurso didático pelas diversas faces da arte teatral. Das primeiras etapas de preparação de uma montagem (escolha do texto, leitura e ensaio) à estréia de um espetáculo, passando pelas peculiaridades arquitetônicas do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e pelos fundamentos do gênero. O programa trata ainda de aspectos históricos como a fundação de companhias como o Teatro Brasileiro de Comédia e o Teatro de Arena, além de assinalar a dramaturgia e os novos métodos de produção do teatro brasileiro moderno.
A Face e a Máscara Vicente Marques , RJ, 1974
A Linguagem do Teatro João Betencourt , RJ, 1966
Teatro Brasileiro: Novas Tendências Olney São Paulo , RJ, 1975
Teatro Brasileiro: Origem e Mudança Olney São Paulo , RJ, 1964
Teatro Municipal Ruy Santos , RJ, 1974
Tempo total aproximado do programa: 66 minutos.

Crítica
"Bastidores do Teatro"
Fernando Veríssimo
Este programa traz uma série de cinco curtas-metragens produzidos pelo Departamento do Filme Educativo (DFE), órgão do Instituto Nacional do Cinema (INC), subordinado ao Ministério da Educação e Cultura (MEC). Trata-se, portanto, de uma sessão de filmetes educativos, um gênero que tem longa trajetória no cinema brasileiro, e que contou com talento muitos ao longo da sua história, dos quais o mais importante, sem dúvida alguma, é Humberto Mauro (que dirigiu mais de duas centenas de curtas didáticos, após assumir a chefia da seção técnica do INCE, órgão que antecedeu a criação do INC).O primeiro filme apresentado no programa. A Linguagem do Teatro, dirigido por João Bethencourt, é um registro dos preparativos da montagem de 1966 de A Mulher de Todos nós, adaptação de Millôr Fernandes para a peça de Henri Becque. Mais para o documentário que para o filme educativo – o texto da narração de Jorge Dória parece forçado no didatismo -, o curta apresenta imagens preciosas dos ensaios de Sergio Brito e Fernanda Montenegro (no papel que lhe valeu um prêmio Molière) dirigidos por Fernando Torres.Em seqüência, o programa traz dois filmes da série Teatro Brasileiro, dirigidos e roteirizados por Olney São Paulo em 1974. o primeiro, chamado Origem e Mudança, faz um breve resumo da história do teatro nacional, a partir dos primeiros movimentos que começaram a se afastar do teatro romântico do século XIX, já na década de 1930. São rapidamente contemplados o Teatro Social de Joracy Camargo, o Teatro do Estudante, de Pascoal Carlos Magno e o grupo Os Comediantes (com depoimentos de Luisa Barreto Leite), e o impacto de sua montagem de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues. O filme se estende à criação do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), do qual Paulo Autran sai em defesa.O segundo filme da série, Novas Tendências, começa onde o outro termina: a primeira montagem do texto deflagador do teatro popular, O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, em 1957. com depoimentos de Gianfrancesco Guarnieri (Eles não usam Black-tie, 1958), e Flávio Rangel (falando de sua experiência do TBC, Pagador de Promessas, e a colaboração com Millôr em Liberdade, Liberdade), o curta se encerra com registro de Roda Viva por José Celso Martinez Correa, e discussão sobre a influência do movimento tropicalista. A montagem de Severino Dada e a narração sempre sóbria de Paulo César Peréio garantem a fluidez dos dois filmes.Os dois últimos curtas têm como grande interesse o aspecto histórico. A Face e a Máscara, realizado pelo Curso Prático de Cinema e por alunos da Escola de teatro da FEFIEG (Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado da Guanabara), não esconde seu amadorismo, mas tem interesse o registro de época. Também apresenta uma ou outra curiosidade que pode atrair o espectador para Teatro Municipal, de Ruy Santos, que, com texto algo pretensioso (narrado por Sergio Chapelin), apresenta a arquitetura e a história do Teatro Municipal do Rio de Janeiro a partir da visita de uma jovem fascinada.
(Texto: Programadora Brasil)

CINECLUBE ALEXANDRINO MOREIRA
AUDITÓRIO DO IAP
(INSTITUTO DE ARTES DO PARÁ - AO LADO DA BASÍLICA)
"BASTIDORES DO TEATRO"
SEGUNDA-FEIRA DIA 17/05/10
HORÁRIO : 19 H
ENTRADA FRANCA
PROGRAMAÇÃO : IAP/PROGRAMADORA BRASIL

segunda-feira, 3 de maio de 2010

"JOHNNY VAI À GUERRA" DE DALTON TRUMBO DIA 10/05/10

"JOHNNY VAI Á GUERRA"
Original:Johhny Got His Gun –EUA, 1971
Direção e roteiro de Dalton Trumbo
Elenco: Don Barry, Timothy Bottons,Craig Bovia, Peter Brocco, Kendel Clark, Eric Christmas,Kathy Fields, Donald Sutherland, Jason Robards.
Argumento: O soldado americano Joe Bonham é ferido gravemente em um combate durante a 1ª. Guerra Mundial. Ele consegue sobreviver sem os seus principais sentidos: não vê, não fala nem pode usar braços e pernas, pois foram cortados. É um tronco pensante que tenta se comunicar com o mundo através do tato. As “mensagens” são pedidos de eutanásia, mas os médicos e enfermeiras lutam para que “Johnny” continue vivo.
Importância Histórica : O diretor Dalton Trumbo(1905-1976) era um conhecido roteirista quando foi perseguido pelo “maccarthismo”, a caça aos artistas de esquerda promovida pelo senador Joe McCarthy. Ele chegou a usar pseudônimo mas a carreira só foi retomada quando Kirk Douglas o convidou para escrever o roteiro de “Spartacus”(o filme que Douglas produziu e Stanley Kubrick dirigiu). Em 1971, Trumbo resolveu dirigir uma história que escrevera muitos anos antes e denunciava o armamentismo, as guerras de um modo geral, a desumanização que sentiu na pele. O seu único filme deu-lhe um prêmio em Cannes e vários outros em diversas mostras sendo inclusive candidato ao Globo de Ouro. Além disso, comoveu as platéias mundiais.

SESSÃO ACCPA/IAP
"JOHNNY VAI À GUERRA"
Cineclube Alexandrino Moreira
(Auditório do IAP - Instituto de Artes do Pará - ao lado da Basílica de Nazaré)
Segunda Dia 10/05/10
Horário : 19 h
Entrada Franca
Após o filme, debate entre o público presente e os críticos da ACCPA

PROGRAMAÇÃO : ACCPA (ASSOCIAÇÃO DOS CRÍTICOS DE CINEMA DO PARÁ)